Pelo menos seis dos
envolvidos se apresentaram na sede da Polícia Federal em Altamira por
volta das 10 horas da manhã de quinta-feira, após serem notificados da
decisão do STJ que derrubou o habeas corpus que os mantinha solto.
Segundo o Delegado da Polícia Federal que preside o caso, os ministros
do STJ entenderam que houve quebra de acordo.
Em setembro do ano passado a Polícia
Federal deflagrou a operação Pandilha em Vitória do Xingu, Altamira,
Belém e no Estado de Alagoas. Na época 10 pessoas foram presas.
Liberalino Neto, então prefeito de Vitória do Xingu, foi acusado de
chefiar o bando que fraudava licitações e os desvios podem chegar ao
montante de 17 milhões de reais, em várias áreas de governo, como saúde,
educação, obras e programas sociais. A Vereadora que efetuou as
denúncias, Elsa Dall’lacqua, foi cassada pela Câmara de Vereadores, e
ameaçada de morte.
Com o avanço das investigações, vários
protestos foram realizados em Vitória do Xingu. Atualmente quem governa o
Município é Erivando Amaral, vice-prefeito de Liber Neto e que rompeu
relações com a chapa que o levou ao cargo. Para a advogada de 4 dos 10
presos, o habeas corpos coletivo deve ser derrubado, para individualizar
os processos facilitando a defesa.
Ainda na quinta-feira, um médico do
Centro de Perícias Renato Chaves fez exames de corpo delito. Bolsas e
malas de roupas começaram a chegar na sede da Policia Federal e por
volta das 13 horas os presos foram colocados em um ônibus e levados até o
centro de Recuperação de Altamira.
Foram colocados atrás das grades: Carlos Gama (ex-chefe de licitações); Ivo Krombauer (Laranja que criou três empresas para vencer licitações); Aldair Nazário (Ex- Sec. de Obras); Isaac Costa da Silva (também tinha empresa que vencia licitações); Elton Lisardo (Secretário de Finanças na época); Benedito da Silva o “Mestre Bio” (tinha cargo de confiança e articulava licitações para a Prefeitura; Paulo César (esse tinha três empresas de fachada e desviou pelo menos 10 milhões de reais em fraudes); Liberalino Neto (ex-prefeito da cidade, preso em Belém); Roseli Braga (ex- Sec. de Saúde, junto com o ex-prefeito coordenava o esquema de fraudes na cidade segundo Polícia Federal); Danilo Damaso (ex-prefeito de Marechal Deodoro em Alagoas, e mentor do esquema em Vitória do Xingu).
Ainda, segundo a Polícia Federal, 5 das
20 licitações investigadas, já apresentaram fraudes. As investigações
continuam e mais pessoas podem ser presas em Altamira, Vitória do Xingu e
Belém do Pará.
O mandado é de prisão preventiva e Liber Neto e todo seu grupo devem permanecer presos por tempo indeterminado.
Fonte: RG 15/O Impacto e Sidalécio Souza
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